quinta-feira, 25 de junho de 2009

FESTAS JUNINAS, A CULTURA NORDESTINA E A BÍBLIA



Nosso Brasil é um país lindo e culturalmente rico. Somos conhecidos pelas nossas expressões de arte: nosso futebol, capoeira, samba, carnaval e caipirinha. Mas, minha gente, nosso nordeste é forte mesmo é com o “forró”, de preferência (só minha?) o “pé de serra”.

Quando o forró aparece em cena? Talvez do forrobodó do final do século XIX, que, conforme o folclorista Luiz da Câmara Cascudo, seria a dança do arrasta-pé. Ou conforme se tornou conhecido com a imagem dos estrangeiros que conheceram os passos de uma dança tipicamente brasileira (nordestina) e logo entenderam que essa dança servia “para todos”, ou, como eles disseram, “for all”. Assim, os brasileiros que não entendiam o inglês adotaram o nome “Forró”. Todos se divertiam de forma harmoniosa e sem contenda.

Só que tem um monte de gente que se prende à possibilidade do pecado no forró como em qualquer dança. Mas, será que há pecado na dança ou em quem dança? Legitimamente a preocupação deveria ser o CUIDADO com a intenção do que se faz na vida, quer seja na dança, na alimentação, nos exageros, etc. O que há em seu coração como motivação é que te conduz. A Bíblia diz que devemos nos transformar pela renovação de nossa mente e assim conheceremos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Romanos 12.2). Que, aliás, Deus mais parece um estraga prazeres. Você nunca se surpreendeu acompanhando com o pé, ao ouvir um forró com seu belo ritmo soando harmonicamente aos ouvidos? Não se culpe, Deus sabe que você tem sangue nordestino.

Outra coisa. Sabemos que o catolicismo romano adota as festas de “São João” e “São Pedro” nessa época. Sem querer provocar, penso que a igreja Católica, sabiamente, aproveitou a época da colheita agrícola para motivar seus fiéis à gratidão a Deus, mas, infelizmente, com a brecha da mediação dos santos homens de Deus, o que pode provocar mais do que uma homenagem aos santos homens que viveram no passado remoto.

De qualquer modo, entendo que nada há de estranho em aproveitarmos nosso espaço para curtirmos essa festa de forma sadia, lembrando de que, “quer comamos, bebamos, ou façamos qualquer coisa, que seja no Senhor” (I Coríntios 10.31), ou seja, como crentes não levianos, respeitando os que não concordam, não brincam, não curtem, não comem as comidas típicas; aliás, nem deviam comer, se não concordam com uma festa caipira.

Amo a mensagem de “São João Batista” quando se refere a Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Evangelho de João 1.29); e ainda quando “São Pedro” em sua revelação diz que: “Em nenhum outro há salvação, pois também, debaixo do céu, nenhum outro nome foi dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4.12).

Nossa festa caipira, nada tem de idolátrica. Os santos do passado estão aos cuidados de Deus, não intercedem por nós, e não oramos a eles. O que nos resta é apenas aproveitar seus exemplos de vida e fé.

Então, minha gente boa, se não há por quê “brincar” as festas de “São João” ou “São Pedro”, há bons motivos para festejarmos a realidade das chuvas como equilíbrio das estações, as bênçãos das chuvas nos roçados de nossos irmãos agricultores; e, as primeiras colheitas desses roçados (milho, feijão, mandioca, etc).

Enfim, se em vez de importarmos idéias de outras culturas e nações estranhas à nossa, e passarmos a ler a Bíblia com as lentes de nossa cultura, creio que influenciaríamos mais aos nossos conterrâneos enquanto estes entenderiam melhor a mensagem desse Deus que se faz conhecido em sua linguagem.