domingo, 15 de março de 2009

ESSE É O CARA!


Nossos dias são marcados pela necessidade de aparências. A corrida acirrada promovida pela carência e produção promove uma luta desequilibrada entre o currículo (capacitação) e performance (apresentação). Enquanto a sociedade tem caído na vala da ditadura da beleza, nossas empresas têm acreditado na mentira que contamos nas entrevistas com o sonho de não sermos descartados. Queremos ser o cara, o destaque. Essa performance tem nos transformado em pessoas infelizes e estressados.

No evangelho temos a idéia de como é um “cara”. Jesus, ao seu modo, chama João Batista de: “o cara”. Por que João Batista era o cara?

Talvez porque seu ideal (o Reino de Deus) estava acima de títulos ou de status. João falava a respeito de Jesus a quem lhe dava atenção. Ele dizia: “importa que Ele cresça e que eu diminua”. Ele não via Jesus como um concorrente, o cara não puxa o tapete de seu semelhante. O "cara" é aquele que não cultiva a presunção de ser quem os outros querem que ele seja, nem abre mão de ser que é.

João Batista era o "cara" porque não se utilizou de estereótipos de uma sociedade narcisista para se retratar como “o Tal”. Não teve que ser igual aos que usavam roupas finas (ou “de marca”). Ele viveu sua simplicidade de quem mora no deserto. Então, “cara”, independente de suas raízes, pode ser digno e cumprir seu papel com a convicção de quem é e de fazer o que é certo ou entende ser o certo.

Quero te desafiar, não a se tornar o "cara" de sua empresa, simplesmente pelo fato de ser o melhor..., mas que você se torne o cara apaixonado pelo projeto de amor de Deus como ideal para a sua vida e para a vida de quem se aproxima de você.

Quero desafiar você a ser um cara que cultiva a coragem de enfrentar aos dissabores da vida intuído pela certeza de quem tem te dado valor inestimável. Entendeu, cara? Presta atenção, você é um cara por quem Cristo se doou.

Quando me dei conta disso, revisei meus valores de vida. Em alguns casos mudei de atitude porque entendi que valia a pena cultivar raízes profundas no Pai amado que guarda esse “cara” no seu coração.

Pensa nisso também, cara!

Um comentário:

Julliana Nicácio disse...

Ser o cara ou a cara nessa pespectiva não é simples, mas é possível. Lendo isso me dou conta do que tenho ou não tenho feito pra ser a cara. Vou rever meus conceitos e vê O CARA (DEUS) como me ajudador nessa tarefa.
Um beijão Pastor.