sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

UMA IGREJA PARA HOJE

A tradição religiosa cristã com 20 séculos teve seus tempos de apogeu, mas também de queda. Os sinais são claros quando confundimos sucesso financeiro com bênção divina; desastres e acidentes com desígnio de Deus que tem seus propósitos que ninguém pode perscrutar, ou quando idealizamos a vida para o além-túmulo como se a vida antes da mote fosse só uma peregrinação sem valor.

A Palavra é para a vida hoje na nossa realidade histórica. Ela se revela na história e a partir dela. Não é a história que é lida na palavra, não são os eventos que são confirmados na Palavra de Deus, mas é a vivência que se traduz como Palavra Viva do Deus vivo.


A Palavra que promove graça e glória é que se faz carne. E não é a leitura medieval que vai reger os processos de nossa existência hoje.


O que é cheio de graça e de verdade é o que promove e não o que promove condenação. É a partir da vida que lemos a bíblia e não da morte ou por causa dela.


O verbo que se faz carne ainda é desafio para hoje. O verbo é dinâmico, não é o livro escrito, mas a humanidade vivida de Jesus.


Enfim, a comunidade precisa atualizar o entendimento de que palavra de Deus é resposta que nasce da história envolvida com o espírito do Deus vivo.


Hoje não se responde à vida com versos pinçados da bíblia, mas versos vividos e encarnados que transformam lágrimas em cânticos, solidão em comunhão, sentimento de morte em ombro de quem se irmana na dor do outro.


Se na idade média se fazia afirmação de verdade absoluta, na idade moderna,se buscava os porquês, hoje podemos estender a mão para caminhar mais uma milha e assim captar presença divina na construção humana.





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