terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O SENHOR É MEU PASTOR

Facilmente fazemos da mensagem bíblica, uma redoma do que é ideal, e pode ser que não tem correspondido à realidade do cotidiano, a não ser dentro da ambiência religiosa.

Quando o poeta bíblico se sentiu inspirado para escrever o Salmo 23, o qual a maioria de nós sabe decorado desde a infância, acredito que não passou de um momento de reflexão que nasceu do cotidiano pastoril, mas hoje entendemos como palavra de Deus.

O que entendemos como palavra de Deus, não é o fato de rezarmos de cabeça o texto bíblico, mas se dá na encarnação de sua mensagem, afinal, palavra de Deus é palavra viva que se torna carne no cotidiano pessoal e coletivo. Essa palavra é capaz de transformar o interior enquanto se nota a capacidade de reação diante da vida pelo teor de sua mensagem como a atenção de Deus pastor que se faz presente e que se torna suficiente para preencher os espaços espirituais do ser humano.

Nessa conscientização de presença vívida, perdemos o medo de viver a vida com suas demandas por causa do amor que lança fora todo o medo. A situação adversa é desafio de enfrentamento pela coragem existencial que é capaz de, transformados, transformarmos o meio em estamos inseridos. Até mesmo nos fazermos acessíveis àqueles que nos são contrários e, de coração disposto a refazer a vida, seguimos adiante na condição influenciadora do bem, motivado pelo pasto de luz, vida e amor. Se isso não for verdade, ou se não houver apelo para se tornar verdade, de pouco ou nada adianta o saber de cor. Nesse caso, precisamos rever essa palavra viva que é transformadora do interior, e, enquanto estamos sendo transformados, somos levados pelo poder influenciador da consciência de uma presença essencial para a vida que se motiva para o bem.  

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