O tempo
passa e nós mudamos com ele. Nossos raciocínios também. Nosso conhecimento muda
com as percepções nos obrigam à atualização, enquanto nossa fé se firma em um
caminho para a vida e não para a deterioração do ser humano. Isso tem a ver com
a nossa existência e sobrevivência. A vida muda. Nossos conceitos também. E não devemos temer
questionar a nossa fé. Parece
redundância, mas vou dizer: Uma fé que não suporta questionamentos não é fé
suportável.
Deus não
mudou de lugar, nós é que nos distanciamos dele quando decidimos fazer concreto
o conceito que tínhamos dele.
A fé que
tinha em um Deus que tudo controla e que nada acontece sem seu consentimento
(vontade permissiva - horrível), me abriu espaço para descrer, mas quando tive
a percepção da vida real, anulei esse conceito de Deus e o conheci melhor que
antes. Ainda não é tudo, mas é por enquanto.
Não dá mais
para crer no conceito de um Deus zangado mais disposto a ver minhas falhas para
me punir do que para celebrar a vida de seus filhos. E, se você me apontar
textos bíblicos que digam isso, te mostro um coração curado pelo amor de Deus
pai que sabe de nossas fragilidades.
E quando você
vê doenças incuráveis, casamentos desfeitos, crianças com anomalia, não diga
absurdos em nome da fé. “Deus sabe o que
faz”, “Deus tem propósito nisso...”. Essa conta não fecha. A vida é assim!
Infelizmente
a igreja está mais para um desserviço pelo apelo mercadológico e menos existencial.
Há muitas questões atuais sem as respostas devidas. Precisamos olhar a história
e atualizar nossas respostas para corresponder a esses questionamentos do tipo,
cura para o preconceito, a cara de pau da política corrupta, a misoginia
(aversão a tudo o que envolve a mulher), xenofobia (aversão ao que é diferente,
estranho, estrangeiro), o descaso para com o mais carente, etc.
Se não
atualizarmos nossa fé como resposta para hoje, estaremos fadados à morte do
sentido de sermos igreja.
Josué Gomes
Facebook.com/betesdamaceio
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