sexta-feira, 14 de abril de 2017

PÁSCOA

Herdamos a festa da Páscoa dos hebreus antigos. Tanta coisa bonita para aprender. Mais do que chocolates e vinhos, é a história da libertação de um povo que sentiu ser divinamente motivado a lutar para sair da escravidão.

Ninguém tem que se acomodar a uma vida escrava, uma opressão ou qualquer comportamento imposto que traduz uma anti-vida. No caso dos hebreus, no tempo em que surge alguém disposto a lutar pela liberdade do povo, eles veem uma luz de esperança que se torna realidade.

Ninguém muda tão fácil um comportamento escravo. As pessoas se acomodam e seguem adiante sem se perceberem oprimidas. É preciso ser sensível para sentir a realidade opressor e anti-vida.

No nosso país a maioria de nós se acomoda com a situação em que vive. Não nos sentimos oprimidos nem em um sistema anti-vida. Tanto faz morarmos em uma grota, favela, no sertão ou em um apartamento; tanto faz andarmos de ônibus, bicicleta, moto ou carro... se, de alguma forma, somos remunerados o suficiente para termos uma comida, a possibilidade de estudar, um tempo para jogar um futebol ou ver nosso ídolo jogar ou cantar, sentimo-nos felizes o suficiente para não lutarmos por mudança.

A Páscoa nos remete à possibilidade de mudarmos a consciência de poder dar passos para uma nova realidade. O povo pode mudar e essa mudança é possível e a força está no ser humano que se sente determinado a ser livre. 

Essa é uma força que fala, inspira, interpela e garante está presente durante a caminhada que gera essa liberdade.

Essa liberdade começa dentro de nós, dentro da nossa casa, e nas primeiras relações e se estende para nossa vizinhança, cidade, quiçá nosso Brasil.

É tempo de Páscoa, tempo de refletir a possibilidade de mudar para melhor.
Essa mudança é uma opção, e eu opto por começar em mim!

Josué Gomes

Nenhum comentário: