domingo, 2 de abril de 2017

PÉ NO CHÃO SEM PERDER A FÉ EM DEUS

Sabe aquele tempo em que as coisas ao seu lado parece estarem se desmoronando? De repente me dou conta de um colega de trabalho que, não aguentando a pressão do meio, se suicida. Ao conversar com outros sobre essa tristeza, alguém diz do outro lado ser o próximo, o outro parece já está subindo esse barco. Meu Deus, será que alguém pode fazer algo diante de tanta dificuldade?

Por que nos sentimos tão fracos diante de algum diagnóstico médico a ponto de querermos entregar os pontos? Na verdade são vários os problemas que nos cercam. Uma pessoa amada sofrendo dores absurdas por causa de um câncer; outro que pede oportunidade para trabalhar em qualquer área para ver se organiza sua vida financeira; outro entra em depressão e se tranca no quarto para chorar incontrolavelmente. A morte pareceu mais viável para outro que não conseguiu ver futuro para o filho que pendeu para a vida do crime.
Isso tudo é muito próximo de nós.

Sabe, minha gente, não adianta a gente racionalizar com termos técnicos, com sermão ou tentar espiritualizar achando que o Deus que encia o problema é o mesmo que vem com a providência. Lembre, tem gente morrendo ou se matando. A coisa é muito séria!

Não quero seguir esses caminhos acima, mas preciso dizer que nenhum caminho deses deve ser descartado quando é somente aquilo que se acredita. Se eu não creio, mas você crê, meu caro, vai em frente!

Por outro lado, quero deixar minha contribuição para somar à sua caminhada de superação. Duas chaves que desvendam a minha caminhada de fé.

Primeiro - Tenho conservado meus pés no chão. Muito de minha fé foi se desgastando por falta de consistência na história. Tenho perguntas que não colam com a demanda doutrinária. Não posso deixar de lado o meu senso crítico. Penso, questiono, olho para o lado e vejo um monte de gente que sofre e não posso me dá ao luxo de me sentir o escolhido em detrimento da maioria. Luto por um mundo melhor inclusive dentro de mim e contribuo com minha comunidade de fé para que possamos somar força de amor, pois é com o pé no chão que me vejo no espelho do cotidiano.

Segundo - Tenho conservado meu coração em Deus. Não posso negar as experiências de fé no meio das angústias minhas e dos meus pares. Percebo Deus nas alheias mãos estendidas que ajudam tanto quanto no sentimento mais profundo de uma sensível e doce presença capaz de nutrir dentro de mim algo maior do que eu mesmo, uma força e calmaria não encontrada sem ele. É com a fé em Deus e por causa dela que me sinto sobrevivente.

Não, não sei explicar melhor. mas sei ser grato por isso, por ele, por aquilo que promove à vida quando me sinto morrendo. Também sei que não sou escolhido em detrimento de outros, mas procuro nutrir minha espiritualidade para que continue viva e frutífera em toda e qualquer oportunidade que me ocorra.

Josué Gomes


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