Você já teve a impressão ter sido
esquecido por Deus? Você já teve a impressão de que Deus não existe e que, por
isso, não lhe ouvimos falar? Pois é, eu sim.
A maioria de nós fala de “fidelidade
de Deus” como resultado de acordos divinos em relação às dificuldades que
enfrentamos. É como se primeiro percebêssemos a “bênção” para depois afirmarmos
que “Deus é fiel”.
Até parece que só o enxergamos no
sucesso, no sobejar da bênção. Para a maioria de nós a fidelidade de Deus é uma
garantia de que “nada nos abalará”. Não entendemos que o dever de casa é nosso.
Vivemos correndo atrás de bênção e só entendemos de bênção nesses termos.
Creio que Deus se apresenta a nós
nas esquinas da vida, assim como na sarça ardente de Moisés no deserto. A
maravilha ali não foi Deus falar, mas alguém ter coragem de deixar o que estava
fazendo para dedicar tempo para ouvir o inaudível.
Caiamos na real, estamos muito
atarefados com projetos egoístas, e não temos tempo nem sensibilidade para
ouvir Deus falar nem olhos para ver seus sinais.
Creio que nossas queixas são
ouvidas, mas o que mais incomoda Deus é não entendermos que Ele age à priori em nós nos acordando para
a realidade de seu amor, e à posteriori
através de nós, nos conduzindo à vida de dentro para fora em uma vocação
de sermos mais parecidos com Jesus que se tornou culto humano no meio de uma
geração que não estava acostumado a viver esse nível de acolhimento divino.
Procure pensar nisso. Procure ser
sensível ao que acontece ao seu redor e seja um culto vivo ao Deus da vida. Una
força e coração a pessoas que não abrem mão de serem mais humanas. Seja você
mesmo um culto vivencial onde o egoísmo se ofusca pelo espírito do altruísmo. É
assim que renasce o ânimo de viver e de ver a vida fazendo sentido.
Josué Gomes
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