Hoje é o nosso dia de agradecer aos nossos velhos que insistiram
em nos tornar gente do bem nos valores do Evangelho. A maioria de nós achava
desnecessária a insistência de ir a uma igreja, de orar e conhecer o Evangelho,
ou mesmo de fazer parte de uma religião; a maioria de nós foi enxergando o Evangelho
ou simplesmente seu valor através da honra e comportamento dos pais que
trabalhavam para dá conta da criação dos filhos, no nosso caso, do monte de
filhos e filhas. Dizemos isso porque nossas histórias se parecem nos termos da
coragem e disposição para o trabalho. Se, de alguma forma, não vimos tanto
antes, agora que crescemos e que nos vemos nos espelhos dos dias, agradecemos
pela insistência em ver que vale a pena lutar pelos nossos filhos e filhas. Nossa
gratidão aos que tiveram paciência conosco e disponibilizaram tempo e espaço no
coração para nos fazer gente com fé em Deus e fé na vida com pequenas sementes que
preconiza os adultos de hoje nas crianças de ontem. Nosso carinho aos nossos
pais! Lucimar Monte, mãe da Cássia Monte, João Soares e Lucinda Gomes, pais do
Josué Gomes.
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
domingo, 13 de agosto de 2017
CARREGAR A CRUZ OBRIGAÇÃO OU SATISFAÇÃO?
Sabe aquela sensação de ser roubado
seu direito de agir diferente por pressão do meio? Você já se sentiu obrigado a
mudar de atitude por ser pressionado a tanto?
Na Bíblia um negro nascido em uma
cidade africana estava, como a maioria de nós olhando o que estava por trás de
uma multidão e viu Jesus carregando a cruz em direção ao suplício, e como este
estava quase sem poder continuar, foi constrangido a carregar a cruz de Jesus.
Como a maioria de nós, Simão é
daqueles que também declara: “Não estou disposto a fazer o não quero”, ou acaba
se justificando diante do que não está disposto a fazer. Isso acontece quando
vemos algumas pessoas fazendo o que imaginamos ser praticamente impossível a nós,
não por discordar, mas pelo fato de o envolvimento nos tirar do meu comodismo.
Nesse caso, te convido a fazer um
exercício: mudar o foco do que é obrigado a fazer pela consciência do que posso
fazer. Você pode não está tão envolvido, mas tente se conscientizar do que é
preciso e do que você realmente pode fazer sem buscar justificativas que minem
essa possibilidade. Se alguém precisa, por que não ser uma bênção para essa
pessoa?
Não é questão de ser ou não
manipulado, mas de ser equilibrado. Pessoas desequilibradas não conseguem
relaxar e põe a perder o melhor de si diante das questões adversas. Tente ser
equilibrado diante dessas adversidades. A temperança do fruto do Espírito.
Em vez de se sentir coagido, procure
aprender a partir dos fatos que atropelam seu comodismo. Na história de Simão,
aprendemos que de fato ele sofreu o constrangimento de ser obrigado (ninguém
gosta), mas talvez a consciência do fato de haver ajudado a um homem no limiar
de sua vida, pode ter surtido nele o efeito positivo que o levou a seguir o
caminho pretendido por Jesus. Isso quer dizer que, do sentimento de obrigação
ele migrou para a satisfação de ter passado essa experiência.
Aquela cruz havia sido assimilada
por ele como também sua. Isso nos leva a pensar sobre tantas coisas que podemos
assimilar como necessárias em vez de ser motivo de sofrimento e de rancor. Mover-se
do egoísmo para par o altruísmo curador.
Se a gente se exercitar no equilíbrio
de nossas emoções estaremos mais sensíveis ao que deve ou não fazer para
aproximar do que é necessário apesar de não está tão disposto a realizar. Isso porque
sabemos que o comodismo nos emperra o crescimento. As vezes somos sacudidos
pela vida e disso obtemos lições de vida e não de morte.
Josué Gomes
segunda-feira, 31 de julho de 2017
CADÊ DEUS QUANDO MAIS PRECISO DELE?
Sou de uma geração de evangélicos e
meus ouvidos se acostumaram a ouvir testemunhos. Eu mesmo fiz isso.
É interessante como a gente se
acostuma com eles e, sem perceber, acabamos nos tornamos mais exigentes.
Lembro-me que ia de um bairro a outro e até mesmo outra cidade para ouvir um
testemunho do tipo que nos fazia suspirar. Era a certeza de que Deus estava
agindo na vida de tal pessoa. Dizíamos “Oh, que coisa tremenda! Essa pessoa é
muito abençoada!”. Com o tempo fui achando que alguns testemunhos evidenciavam
mais o passado que o presente transformado do testemunhante.
Com o passar do tempo a coisa
piorou. Passamos a perceber que os testemunhos eram selecionados de acordo com
a conveniência da instituição, pois era ela a mais interessada no fruto dessa
apresentação.
Por que achamos que alguém só é
abençoado quando o testemunho diz respeito à transformação do bolso vazio e
agora cheio de dinheiro? Do não tinha, agora tenho? Não seria isso uma isca
ilusória do evangelho da ganância, das filhas da sanguessuga que sempre pede:
“Dá-dá”?
Por outro lado, onde está Deus
quando mais preciso dele? Estará com os que tem acumulado seus bens, já que
bênção inicia com um fonema de “bem”? Não creio!
O Deus pai de Jesus sempre se
mostrou presente na pessoa de Jesus e se mostra no espírito transformador da
miséria em equilíbrio, na falta que se preenche com aquele que divide. A
verdade é que há uma presença interior no ser humano que precisa e deseja ser
percebida – a presença de Deus, não como aquele que vai resolver teus deveres,
mas que garante está presente te dando força para continuar.
Vamos lá, Meu povo! Vamos captar
essa mensagem como de Deus para a nossa vida e estejamos prontos para viver a
sua vida com tudo, quando esse tudo começa com a percepção da força que Deus nos
dá para seguir adiante!
Josué Gomes
sábado, 22 de julho de 2017
MINHA REVERÊNCIA AOS AMIGOS!
As figuras que nos rodeiam se perdem
ao longo do tempo de nossa história. Alguns amigos da época de criança se
perderam e se tornaram imagens não tão claras. Somente quando a distância e o
tempo são quebrados é que, como onda do mar, essas imagens são atualizadas.
Os amigos nos promovem atualizações
boas e más. Algumas vezes nossos amigos nos fazem voltar ao tempo, outras vezes
nos beliscam com atualizações que nos machucam ou nos refazem a alegria de
viver.
Feliz é a pessoa cultiva uma boa
amizade por décadas. Feliz é a pessoa que encontra um amigo que independente do
tempo, o laço já demonstra que é uma amizade forte. “Parece até que somos
amigos a décadas!”
Mas, pense comigo:
Você acha que o amigo deve concordar
sempre com você? Acha que a amizade exige resposta positiva em tudo? Você que
amigo nunca guarda segredo? Sempre tem que te convidar para uma festa? A resposta
para todas essas perguntas é um sonoro “não!”. Amigo não tem que... nada!
Não se mede uma amizade pela
utilidade, mas por ser amigo. Geralmente os amigos são poucos. Desconfio de quem
tem mais amigos que possa contar. Aliás, penso que uma boa amizade é
reconhecida diante de uma turbulência quando você se choca com a atitude da
pessoa. Dá para continuar a amizade? Essa é uma prova que garante ser amigo de
verdade.
Em seu tempo, Jesus chamou alguns
amigos e disse que estava angustiado até a morte e precisava orar um pouco com
eles. Mas, eles não conseguiram seguir no mesmo patamar de oração. Se sentiam
impotentes e ficaram como que adormecidos. Gente, nem sempre dá para andar cem
por cento na sintonia do problema do amigo, mas dá para, dentro da limitação,
andar, estar junto.
Quando Jó perdeu todos os seus bens,
e seus filhos, e ainda padeceu de uma horrível enfermidade, teve grandes
problemas; sua esposa que se desesperou e lhe aconselhou o suicídio, e seus
amigos que entenderam pelo entendimento da época que o sofrimento só sobrevinha
sobre aquele que estivesse com pecados encobertos. Jó não concordou com eles, e
sofreu por causa disso e por toda culpa a ele imposta. No final, Jó ora por
eles.
Amigo tem dessas coisas. Às vezes
complicam mais do que ajudam. Mas o fato é que é muito importante ter um amigo
nessas horas. Não tempos que concordar com eles, mas podemos ser gratos por sua
presença diante do passamos. A mão amiga é mais importante que a palavra que
discordamos. Por isso, oremos pelos nossos amigos e amigas. Sejamos gratos por
eles.
Parece-me que a bíblia sinaliza que
esse comportamento orante gera vida e prosperidade no melhor dos sentidos. Jó não
foi restituído com o que havia perdido, mas com a vida e sentido que tinha pela
frente. Seus amigos estavam lá quando ele precisava de uma mão para segurar
nesse tempo de aflição.
Sou muito grato pelas amizades de
todos os tempos. Não são muitos, mas o suficiente para celebrar e ser grato por
eles.
Josué Gomes
domingo, 28 de maio de 2017
E DISSE DEUS: “O PRÓXIMO PASSO É SEU!”
Numa cultura escassa de literatura,
o conhecimento era dado a partir da condição oral, mais tarde conhecida como
tradição oral. Os jovens queriam saber como a vida veio a acontecer, como se
tornaram povo, como chegaram a ser o que eram, qual o próximo passo da
humanidade, etc.. A resposta viria da boda do ancião que tinha princípios
judaico-cristão: Deus é o princípio de tudo.
E ele continua...
Você sabia que Deus criou os céus e
a terra e tudo o que neles há? Sabia que Deus iniciou dando um pouco de sua
luz, mesmo quando não havia luzeiros no firmamento? Sabia que Deus criou a luz
e com isso se descobriu que luz e trevas se opõem? Sabia que Deus criou as
estrelas e os astros, que as águas doces e salgadas vieram depois, e logo os
animais domésticos e selvagens, e somente por fim, veio o homem? É, o homem
veio somente depois que havia condições climáticas e possibilidade de sua sobrevivência.
Sabia que Deus ordenou a vida
continuar sua criação, isso é a terra, as sementes, os animais, e por fim o
homem? É, isso é uma declaração de responsabilidade e lei da vida. A vida surge
a partir do Deus (vida) e continua se estendendo através de leis fixas, mas ao
homem, feito à sua imagem e semelhança, é dado a ordem de dar o próximo passo.
Deus confia ao homem a sequência da
vida, a administração de sua criação. Isso significa que o ser humano é capaz
de seguir adiante conforme com criticidade e criatividade.
Isso tem a ver com os mais diversos
níveis de relacionamentos humanos, empresa, matrimônio, amizade, negócios, etc..
O próximo passo é de nossa inteira responsabilidade. Isso nos diz que somos
criaturas criadoras, gente em fase de acabamento que se revela nas escolhas que
fazemos, de preferência, inspiradas no ser criador que nos conduz nesse
processo criador.
Portanto, urge a nós o exercício da
sequência da vida, que digam os cientistas, os pedagogos, os engenheiros, e,
porque não, os poetas. Claro que não estamos negando Deus nesse processo, antes
estamos valorizando a confiança a nós emprestada.
Josué Gomes
domingo, 21 de maio de 2017
SENSIBILIDADE E VOCAÇÃO
Você já teve a impressão ter sido
esquecido por Deus? Você já teve a impressão de que Deus não existe e que, por
isso, não lhe ouvimos falar? Pois é, eu sim.
A maioria de nós fala de “fidelidade
de Deus” como resultado de acordos divinos em relação às dificuldades que
enfrentamos. É como se primeiro percebêssemos a “bênção” para depois afirmarmos
que “Deus é fiel”.
Até parece que só o enxergamos no
sucesso, no sobejar da bênção. Para a maioria de nós a fidelidade de Deus é uma
garantia de que “nada nos abalará”. Não entendemos que o dever de casa é nosso.
Vivemos correndo atrás de bênção e só entendemos de bênção nesses termos.
Creio que Deus se apresenta a nós
nas esquinas da vida, assim como na sarça ardente de Moisés no deserto. A
maravilha ali não foi Deus falar, mas alguém ter coragem de deixar o que estava
fazendo para dedicar tempo para ouvir o inaudível.
Caiamos na real, estamos muito
atarefados com projetos egoístas, e não temos tempo nem sensibilidade para
ouvir Deus falar nem olhos para ver seus sinais.
Creio que nossas queixas são
ouvidas, mas o que mais incomoda Deus é não entendermos que Ele age à priori em nós nos acordando para
a realidade de seu amor, e à posteriori
através de nós, nos conduzindo à vida de dentro para fora em uma vocação
de sermos mais parecidos com Jesus que se tornou culto humano no meio de uma
geração que não estava acostumado a viver esse nível de acolhimento divino.
Procure pensar nisso. Procure ser
sensível ao que acontece ao seu redor e seja um culto vivo ao Deus da vida. Una
força e coração a pessoas que não abrem mão de serem mais humanas. Seja você
mesmo um culto vivencial onde o egoísmo se ofusca pelo espírito do altruísmo. É
assim que renasce o ânimo de viver e de ver a vida fazendo sentido.
Josué Gomes
domingo, 14 de maio de 2017
ORAÇÃO e HUMILHAÇÃO
Ainda criança ensinaram-me a arte da
oração. Um caminho de busca e de intimidade com Deus. Busca-se a Deus por
saber que todo pai deseja cuidar de seu filho e se queda disposto a atendê-lo
e, intimidade devido ao fruto de uma vida de oração.
Ensinaram-me que quanto mais o
buscasse, mais rápido seria atendido. Quanto maior o lamento, mais certeza
poderia ter de ser contemplado. Perdi a conta de quantas vezes andei em
vigílias até o sol raiar e em círculos de oração das tardes. Observava que a relação dos
pedidos sempre foi bem maior do que a da gratidão; tudo era contrição e oração.
Os pedidos eram tão suplicantes que
fazia pena ver alguém orando. Chorávamos ao fazer cada oração, mas depois de um
tempo, nascia a esperança de que Deus havia nos ouvido, logo a
resposta também viria. E com a voz embargada, dizíamos: "Amém!".
Ainda hoje gosto de oração, mas o
tempo nos provoca o pensar e o repensar. O olhar se torna maduro e mais
“exigente” no sentido dos "como" e "por quês", se dessa ou daquela maneira.
Por que a súplica? Devido uma
extrema necessidade ou pela falta de respostas e a limitação do orante.
Oramos com muita naturalidade como
quem conversa com alguém próximo numa esfera de relacionamento entre seres onde
não há cobrança nem lamento, só compartilhamento. Nesse sentido a oração gera
alivio e confiança existencial.
Mas, me preocupo com a exigência da
súplica, da face no pó, da prostração, do jejum ou de qualquer outra tendência ascética. Ora,
se é verdade que o Pai conhece seus filhos e filhas e que ele sabe o que quer
antes mesmo de comunicar-lhe algo, por que a petição suplicante e ofegante? Por que tem que se humilhar?
Penso que, se
choramos ou lamentamos uma situação, não fazemos por exigência de fator sine
qua non para ser atendido, mas por sermos humanos, gente se sente gente em estado de carência.
A exigência da súplica, da contrição,
da humilhação desdiz de um Deus-Pai bondoso. Não dá para mensurar o nível a se
chegar a tal humilhação e, por isso ser atendido, acolhido. Eu creio num Deus
pai que, antes de tudo, conhece cada um de nós e sabe de nossas limitações.
Deus é maravilhoso e encontra em
nós, não a humilhação, não a prostração, mas a atitude orante que permeia os passos de quem busca sua companhia e seu colo!
Quando oro, o faço, não quem precisa se humilhar para ser exaltado, mas como sinaliza o desejo de Deus na oração. Quando oro, o faço em atitude existencial, ainda que ninguém perceba que estou orando, senão que estou vivendo, vivendo um estado de oração e vida com o Pai.
Josué Gomes.
segunda-feira, 8 de maio de 2017
UMA COMUNIDADE PENTECOSTAL
Sou filho de um pentecostalismo
histórico. Cedo aprendi a buscar o batismo no Espírito Santo. Isso se elaborou
em meu interior como força divina no ser humano fiel.
Como pastor estimulei as pessoas
buscarem o poder do alto e se encherem do Espírito e pedirem dons espirituais.
Vi muita gente sair falando o que chamávamos “língua dos anjos”. Nesse tempo
ainda não entendia que “anjos” não falam essas línguas que se falam nos
ambientes pentecostais, aliás, logo aprendi que era um termo poético de chamado
a intimidade com o divino.
Se os dons espirituais na
antiguidade eram entidades espirituais de suporte para o exercício de tal
habilidade, e depois se entendeu como dádiva distribuída aos fiéis para
exercício comunitário, logo, fazendo revista ao meu pentecostalismo percebo que
temos uma proposta comunitária e não pessoal que pode gerar uma vaidade
pentecostal. Eu sou membro da mesma igreja que a sua, com um diferença, eu sou
batizado e tenho o dom e você não. Essa distinção não é saudável e não promove
harmonia, mas instrumento de poder em nome de Deus e até de subjugo.
Faço eco ao pensador Elienai Cabral
Jr quando diz que “A experiência do Batismo não é solipsita. [...]. É
comunitária, porque é uma experiência de relacionalidade e não de
exclusividade. Os dons do Espírito, curiosamente, só se justifica na comunhão”.
Os textos bíblicos, por certo, não
discordam da mudança de foco que fazemos, isso é, em vez de hoje perguntarmos
quem é batizado no Espírito Santo, podemos perguntar se essa comunidade está
imergida nesse Espírito, pois não cabe mais perguntarmos se alguém fala em
línguas estranhas, mas se o diálogo é harmonioso no amor; em vez de perguntar
sobre dons de cura, perguntemos se a nossa comunidade trabalha a cura uns dos
outros; em vez de buscarmos alguém com dom de exorcizar, procuremos em nós a
possibilidade de lutar contra tudo o que entendemos como anti-vida; e
continuemos perguntando se a comunidade está disposta a continuar sonhando e se
consegue discernir o tempo com seus espíritos que saqueiam a humanidade que
desaprendeu a ver Deus na beleza da vida.
Não sou eu que devo ser batizado,
mas busco que minha comunidade seja absorvida pelo Espírito de vida, aliás,
devo perguntar se nela ainda há vida!
Josué Gomes
quinta-feira, 4 de maio de 2017
ESPIRITUALIDADE VIVA
Cada um de nós tem uma história a
ser contada. Cada história tem seu ápice de estresse e quando paramos para
reler essa história podemos perceber que Deus esteve presente nos fortalecendo
e nos reconstruindo através de insight de
sabedoria diante de nossas próprias escolhas.
Entendo que Deus é bom e sabe de
nossa história e sabe que também somos capazes de enfrentar todas as suas
demandas.
Se é verdade (eu creio) que Deus se
mostra nos espelhos da natureza, muito temos a aprender com ela. Basta ver as
estações do ano que cumprem seu papel nos dando possibilidade de sermos o que
somos (seres vivos) nesse planeta.
Mas a beleza vai além quando vemos
que o ser humano é um ser que se reiventa. Ele traz em si a essência do Pai que
lhe imprimiu uma ética do bem. Quando algo lhe surge como
contrário ao bem (e tem muito disso), contrário ao que é bom, ao que é digno, ele tem a capacidade
de lutar contra o mal que lhe contradiz. Às vezes o mal pode vir do seu igual,
o próprio homem que usa de sua liberdade para acomodar malignidade. Faz parte
do jogo da liberdade humana, não por o homem ser decaído, mas por ser humano
livre ou viciado ao mal.
Às vezes vemos que o homem pratica
tanto o que é mal, que esse mal lhe identifica desumano, mesmo assim é pelo
homem consciente do bem de Deus em sua vida que pode surgir a luta contra tudo o
que é ou se mostra anti-vida. Precisamos nos unir para sobrevivência do bem, da
vida. Precisamos de sabedoria seguir adiante com esse propósito e ajudar àquele
que deseja unir força em prol do que é bom, correto, o que for puro, amável, o
que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno, que pensemos
nessas coisas.
Josué Gomes
quinta-feira, 27 de abril de 2017
ESPIRITUALIDADE VIVA
A sedução do pragmatismo superficial de nosso tempo é horrível. Buscamos o que supostamente funciona e vamos como quem pergunta o que você toma quando tem enxaqueca, da mesma forma o que fazer quando estamos com soluço. Funciona? Então, tá!
Esse é do tipo de espiritualidade de moda, não é espiritualidade viva e não se sustenta na realidade da vida.
Precisamos acordar para a realidade de que a vida não tem atalhos, e isso inclui a mim e a você. Sei que a capacidade de errar/acertar é uma característica de nossa humanidade e isso é claro na narrativa mítica de Gênesis 3. Mas tudo tem consequência, não porque o homem é caído, mas por sermos humanos.
A vida se dá como uma grande aventura e nos torna guerreiros de dentro e de fora de nós mesmos. Podemos fazer isso por nós mesmos ou optarmos por uma espiritualidade viva que acontece na vivência consciente das virtudes do Cristo vivo em nós; uma espiritualidade que não se dá pelo discurso triunfalista de um evangelho que te exclui da vivência humana com o vício da promessa de que o milagre vai acontecer ao fiel, mas a espiritualidade viva não se dá com esses triunfalismos, aliás, faço coro com um pastor presbiteriano maceioense - "O melhor do milagre é não precisar dele!"
A espiritualidade viva também não se promove com a ilusão de se tornar intocável pelo mal. Isso não somente é ilusório, como ainda pode gerar a confusão e ferida na alma ao cair na realidade.
Não fomos criados anjos alados, mas humanos e como humanos devemos seguir mais ousados e menos arrogantes da fé.
Há um ditado popular interessante que cabe aqui - "A rapadura é doce, mas não é mole, não!".
Apesar do tempo do touch ou automático do carro, fogão, micro-ondas, o cristianismo te desafia a viver uma espiritualidade de consciência da vida da vida onde cada passo te promove a vivente com fé, coragem e dedicação no que optar fazer no espírito do Cristo vivo.
Josué Gomes
Esse é do tipo de espiritualidade de moda, não é espiritualidade viva e não se sustenta na realidade da vida.
Precisamos acordar para a realidade de que a vida não tem atalhos, e isso inclui a mim e a você. Sei que a capacidade de errar/acertar é uma característica de nossa humanidade e isso é claro na narrativa mítica de Gênesis 3. Mas tudo tem consequência, não porque o homem é caído, mas por sermos humanos.
A vida se dá como uma grande aventura e nos torna guerreiros de dentro e de fora de nós mesmos. Podemos fazer isso por nós mesmos ou optarmos por uma espiritualidade viva que acontece na vivência consciente das virtudes do Cristo vivo em nós; uma espiritualidade que não se dá pelo discurso triunfalista de um evangelho que te exclui da vivência humana com o vício da promessa de que o milagre vai acontecer ao fiel, mas a espiritualidade viva não se dá com esses triunfalismos, aliás, faço coro com um pastor presbiteriano maceioense - "O melhor do milagre é não precisar dele!"
A espiritualidade viva também não se promove com a ilusão de se tornar intocável pelo mal. Isso não somente é ilusório, como ainda pode gerar a confusão e ferida na alma ao cair na realidade.
Não fomos criados anjos alados, mas humanos e como humanos devemos seguir mais ousados e menos arrogantes da fé.
Há um ditado popular interessante que cabe aqui - "A rapadura é doce, mas não é mole, não!".
Apesar do tempo do touch ou automático do carro, fogão, micro-ondas, o cristianismo te desafia a viver uma espiritualidade de consciência da vida da vida onde cada passo te promove a vivente com fé, coragem e dedicação no que optar fazer no espírito do Cristo vivo.
Josué Gomes
sexta-feira, 14 de abril de 2017
PÁSCOA
Herdamos a festa da Páscoa dos hebreus antigos. Tanta coisa bonita para aprender. Mais do que chocolates e vinhos, é a história da libertação de um povo que sentiu ser divinamente motivado a lutar para sair da escravidão.
Ninguém tem que se acomodar a uma vida escrava, uma opressão ou qualquer comportamento imposto que traduz uma anti-vida. No caso dos hebreus, no tempo em que surge alguém disposto a lutar pela liberdade do povo, eles veem uma luz de esperança que se torna realidade.
Ninguém muda tão fácil um comportamento escravo. As pessoas se acomodam e seguem adiante sem se perceberem oprimidas. É preciso ser sensível para sentir a realidade opressor e anti-vida.
No nosso país a maioria de nós se acomoda com a situação em que vive. Não nos sentimos oprimidos nem em um sistema anti-vida. Tanto faz morarmos em uma grota, favela, no sertão ou em um apartamento; tanto faz andarmos de ônibus, bicicleta, moto ou carro... se, de alguma forma, somos remunerados o suficiente para termos uma comida, a possibilidade de estudar, um tempo para jogar um futebol ou ver nosso ídolo jogar ou cantar, sentimo-nos felizes o suficiente para não lutarmos por mudança.
A Páscoa nos remete à possibilidade de mudarmos a consciência de poder dar passos para uma nova realidade. O povo pode mudar e essa mudança é possível e a força está no ser humano que se sente determinado a ser livre.
Essa é uma força que fala, inspira, interpela e garante está presente durante a caminhada que gera essa liberdade.
Essa liberdade começa dentro de nós, dentro da nossa casa, e nas primeiras relações e se estende para nossa vizinhança, cidade, quiçá nosso Brasil.
É tempo de Páscoa, tempo de refletir a possibilidade de mudar para melhor.
Essa mudança é uma opção, e eu opto por começar em mim!
Josué Gomes
domingo, 9 de abril de 2017
VIVENDO E APRENDENDO
Estava pensando comigo mesmo sobre a vida, a nossa vida, nosso jeito de ser e de nos comportar. Vi como somos egoístas competidores entre nós. Não gostamos de ceder a vez, o espaço. Às vezes atropelamos pessoas que estão menos favorecidas. Viciamo-nos a ganhar; também vi pessoas que desistem de viver e apenas existem.
A vida é muito parecida com um grande jogo. Às vezes ganhamos, às vezes perdemos e quando não temos uma boa carta, passamos a vez. A vida é um grande jogo, onde seus jogadores são competentes, mas não são concorrentes, a não ser concorrentes de si mesmos.
Os primeiros seres humanos decidiram mudar de nível do jogo para assumirem a condição de jogadores. Eles encararam as responsabilidades e consequências do jogo. Isso é narrado no mito bíblico no livro do gênesis (cap. 3), quando o paraíso lhes é tirado para seguirem em frene no jogo da vida.
Apesar de haver sido criado para troca de experiências e vivências, os jogadores se desentendem e trapaçam; outros passam a vez e deixam de jogar como quando uma oportunidade chega e não há competência para aproveitar; alguns se perdem no jogo e desistem. Não continuam e nem percebem que estão perdendo a chance de viver a grande celebração da vida.
A vida é um jogo de camaradas, não de perdedores ou ganhadores. Jesus entra no jogo da vida e nos ensina um lance que tem a ver com o viver com as virtudes de um grande jogador que prefere celebrar a ganhar em detrimento do outro. Ele nos convida a não facilitar a derrota de quem está com as cartas ruins. Ele chama a disponibilizar uma carta boa para que ninguém saia do jogo e siga até o fim. Quem sabe se esse fim não seja mais um nível de jogo que tem a ver com a bondade divina de nos receber para em outro grande tabuleiro de jogo de celebração com novas cartas que favorecem a vida - a vida eterna!
domingo, 2 de abril de 2017
PÉ NO CHÃO SEM PERDER A FÉ EM DEUS
Sabe aquele tempo em que as coisas ao seu lado parece estarem se desmoronando? De repente me dou conta de um colega de trabalho que, não aguentando a pressão do meio, se suicida. Ao conversar com outros sobre essa tristeza, alguém diz do outro lado ser o próximo, o outro parece já está subindo esse barco. Meu Deus, será que alguém pode fazer algo diante de tanta dificuldade?
Por que nos sentimos tão fracos diante de algum diagnóstico médico a ponto de querermos entregar os pontos? Na verdade são vários os problemas que nos cercam. Uma pessoa amada sofrendo dores absurdas por causa de um câncer; outro que pede oportunidade para trabalhar em qualquer área para ver se organiza sua vida financeira; outro entra em depressão e se tranca no quarto para chorar incontrolavelmente. A morte pareceu mais viável para outro que não conseguiu ver futuro para o filho que pendeu para a vida do crime.
Isso tudo é muito próximo de nós.
Sabe, minha gente, não adianta a gente racionalizar com termos técnicos, com sermão ou tentar espiritualizar achando que o Deus que encia o problema é o mesmo que vem com a providência. Lembre, tem gente morrendo ou se matando. A coisa é muito séria!
Não quero seguir esses caminhos acima, mas preciso dizer que nenhum caminho deses deve ser descartado quando é somente aquilo que se acredita. Se eu não creio, mas você crê, meu caro, vai em frente!
Por outro lado, quero deixar minha contribuição para somar à sua caminhada de superação. Duas chaves que desvendam a minha caminhada de fé.
Primeiro - Tenho conservado meus pés no chão. Muito de minha fé foi se desgastando por falta de consistência na história. Tenho perguntas que não colam com a demanda doutrinária. Não posso deixar de lado o meu senso crítico. Penso, questiono, olho para o lado e vejo um monte de gente que sofre e não posso me dá ao luxo de me sentir o escolhido em detrimento da maioria. Luto por um mundo melhor inclusive dentro de mim e contribuo com minha comunidade de fé para que possamos somar força de amor, pois é com o pé no chão que me vejo no espelho do cotidiano.
Segundo - Tenho conservado meu coração em Deus. Não posso negar as experiências de fé no meio das angústias minhas e dos meus pares. Percebo Deus nas alheias mãos estendidas que ajudam tanto quanto no sentimento mais profundo de uma sensível e doce presença capaz de nutrir dentro de mim algo maior do que eu mesmo, uma força e calmaria não encontrada sem ele. É com a fé em Deus e por causa dela que me sinto sobrevivente.
Não, não sei explicar melhor. mas sei ser grato por isso, por ele, por aquilo que promove à vida quando me sinto morrendo. Também sei que não sou escolhido em detrimento de outros, mas procuro nutrir minha espiritualidade para que continue viva e frutífera em toda e qualquer oportunidade que me ocorra.
Josué Gomes
domingo, 26 de março de 2017
CULTIVE SUA MENTE DO QUE É BOM
Nossa vida é como uma caminhada que segue estrada a fora com sorrisos, cânticos e celebrações, mas também choramos e sofremos. tem dia que estamos bem, mas em outros nos sentimos perdidos.
Paulo, apóstolo de Cristo, aconselhou sua comunidade de fé: "Irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento". Isso foi um despertar de uma nova aurora. Cultivar a mente com o que é bom para viver bem com Deus, consigo mesmo e com os outros.
Deus nunca manda problemas para castigar, ensinar ou para fortalecer. Também não é tempo de achar o culpado. O tempo é de buscar rotas de saída do meio do furacão onde se encontra.
Para isso traga à memória o que pode lhe provocar esperança. Assuma sua condição, olhe para dentro de si e veja que é filho ou filha de Deus e que pode contar com sua comunidade de fé. A comunidade é feita de gente como você.
Isso é próprio do viver humano, então muda de canal, saia do que te faz mal, muda a rota, o jeito de encarar as coisas. A vida é para ser vivida com tudo, e você tem esse tudo diante de si.
Traga à memória o que lhe dá esperança. Você não casou com o mal que te fizeram, mas com a pessoa inteira. Você não pode estragar sua vida por causa do mal financeiro que se encontra. Tem mais vida além disso tudo.
Então, para e respira fundo. Chama o Espírito dentro de você e segue adiante segurando a mão de quem está ao seu lado, que você elegeu para caminhar junto.
Busque a fortaleza de pertencer a uma comunidade de fé. Cuidar uns dos outros é uma meta do sentido de sermos igreja. Você não está só - podemos orar juntos, trabalhar juntos - e rir juntos disso tudo depois. Amém?
Josué Gomes
domingo, 19 de março de 2017
DEUS QUANDO NÃO HÁ “DEUS”.
Não gosto de me esconder por trás das expressões e comportamento que parecem piedosos, como se vivesse fora da atmosfera comum a todos. Não existe espiristosfera para crentes. Nos escondemos por trás de expressões religiosas do tipo "Deus abençoou", "Deus opera", "Deus", etc.
Claro que falamos e nos comportamos diferentes no trabalho, no lazer ou em casa de acordo com o ambiente, mas temos a tendência em exagerar em nosso evangeliquêz.
Parece até que temos dois botões comportamentais: o botão "espiritual" e o botão "material", que é o normal, e dependendo da ocasião, aciono o botão que quiser e me comporto de acordo.
Isso é horrível porque nos enfeia e nos faz hipócritas. Nos tornamos guetistas, exclusivistas e nos apequenamos nesse gueto evangélico. Penso que Deus costuma sair de cena para que o ser humano seja protagonista de sua própria história, não o contrário. Quanto mais Deus se ausenta, mais se encontra presente na nossa coragem de encarar as nossas lutas diárias.
Preciso encarar a verdade de que "tudo posso naquele que me fortalece!" Como? Presente nas entrelinhas da redação de nossa história, ainda que invisível e sem a linguagem religiosa.
Você se lembra que tem cabeça? Claro, você se lembra que tem uma quando alguém fala sobre ela ou quando ela alerta com uma dorzinha. Da mesma forma é para que é pai, mãe, irmão, ou mesmo que se tem braços que abraçam. São fatos de nossa realidade, algo que está intrínseco a nós.
Assim aprendemos que nossa oração é nossa atitude amadurecida, sua presença é a nossa presença para o bem de todos.
A maior ideia de presença de Deus está em sua convocação para que mudemos sempre para melhor a nossa realidade. Está na interpelação de construir na terra um mundo melhor dentro da nossa realidade. Isso não tem a ver com religião, gênero, status social. Osso tem a ver com espiritualidade viva que ocorre no cotidiano de quem escolhe o bem.
Josué Gomes
domingo, 12 de março de 2017
MULHER – UMA METÁFORA DA IGREJA
A mulher foi e ainda é considerada a parte fraca da relação. O problema é que temos a tendência de fazer confusão entre fragilidade e fraqueza.
A fraqueza é uma condição de quem se encontra deficiente em alguma área de sua vida que realça no desânimo, falta de vontade de realizações, etc.
A fragilidade da mulher tem a ver com sua singeleza, apesar de algumas pérolas brutas que escondem essa realidade.
Uma mulher pode até se encontrar fraca em algum dia, mas não significa que ela é fraca. Aliás, ela é mais do que o perfil de fragilidade que desenhamos, mais do que um ser de reprodução.
A mulher se elabora em meio a dilemas, crises pessoais, altos e baixos. Isso é poder de resiliência.
Dela é exigido mais do que dos homens, basta verificar sua carga horária, sua capacidade de lidar com o testo do mundo a começar com os de casa. Em nome da paz, uma mulher...
Percebemos que a mulher tem crescido mais do que o homem diante das forças que lhe são contrárias. Isso é poder de superação.
Já disseram que os homens costumam pôr seus nomes em evidências nas megas-construções porque inconscientemente lutam contra a mais autêntica aproximação do ser que mais se parece com Deus - a mulher. É a mulher que cria, que dá a vida, que acolhe, que cuida, que ama...
A mulher, em sua essência ama, é sensível e acolhe e, com o tempo, recua para que sua criação prossiga, assim como o mar recolhe suas ondas para que a terra apareça. É nessa forma artesanal que vai crescendo e nos admirando.
A igreja bem que pode, mais do que admirar a mulher, aprender com ela para se tornar mais acolhedora, criadora e auto doadora da vida. A igreja deve se tornar uma realidade do tipo sensível, buscar a autonomia de seus filhos e filhas afim de que, mais tarde se possa conferir seu valor como quem se dispõe a ser extensão divina para o crescimento humano.
Josué Gomes
A fraqueza é uma condição de quem se encontra deficiente em alguma área de sua vida que realça no desânimo, falta de vontade de realizações, etc.
A fragilidade da mulher tem a ver com sua singeleza, apesar de algumas pérolas brutas que escondem essa realidade.
Uma mulher pode até se encontrar fraca em algum dia, mas não significa que ela é fraca. Aliás, ela é mais do que o perfil de fragilidade que desenhamos, mais do que um ser de reprodução.
A mulher se elabora em meio a dilemas, crises pessoais, altos e baixos. Isso é poder de resiliência.
Dela é exigido mais do que dos homens, basta verificar sua carga horária, sua capacidade de lidar com o testo do mundo a começar com os de casa. Em nome da paz, uma mulher...
Percebemos que a mulher tem crescido mais do que o homem diante das forças que lhe são contrárias. Isso é poder de superação.
Já disseram que os homens costumam pôr seus nomes em evidências nas megas-construções porque inconscientemente lutam contra a mais autêntica aproximação do ser que mais se parece com Deus - a mulher. É a mulher que cria, que dá a vida, que acolhe, que cuida, que ama...
A mulher, em sua essência ama, é sensível e acolhe e, com o tempo, recua para que sua criação prossiga, assim como o mar recolhe suas ondas para que a terra apareça. É nessa forma artesanal que vai crescendo e nos admirando.
A igreja bem que pode, mais do que admirar a mulher, aprender com ela para se tornar mais acolhedora, criadora e auto doadora da vida. A igreja deve se tornar uma realidade do tipo sensível, buscar a autonomia de seus filhos e filhas afim de que, mais tarde se possa conferir seu valor como quem se dispõe a ser extensão divina para o crescimento humano.
Josué Gomes
josueogms@gmail.com
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sábado, 25 de fevereiro de 2017
DE TAPECEIRO A PARCEIRO
A ideia de um Deus tapeceiro é bem concorrida no meio evangélico. Dizemos que Deus escreve nossa história com todos os traços, pontos, cores, e seguindo o raciocínio, o que precisamos é confiar nesse tapeceiro que nos livra de ver os nós de nossa suja existência. Isso diz que Deus está no controle de nossa vida, e que nós não precisamos nos preocupar.
Parece piedoso, mas é maléfico para nosso crescimento porque nos tira a gesta humana. Quem é o responsável direto pelos nossos erros e acertos? Como poderíamos ser responsáveis pelo que fazemos se o que fazemos tem um manipulador por trás dos bastidores?
Isso está tão impregnado em nossas falas que dizemos tantas vezes que "Deus está no controle de todas as coisas", que "Deus escreve certo por linhas tortas", que "no final acaba como Deus quer", que "Deus sabe todas as coisas", e assim por diante.
Mas se você acredita que sua vida é resultado do tear divino, como você vai explicar a dor que te tira o sono e o sofrimento que te faz chorar? No tapete da vida, você se digna de vier somente um lado? Não cresceu o suficiente para a demanda dos nós do sofrimento da existência humana?
Não, meus amigos e amigas, não creio nesse tapeceiro que nos faz levar uma vida do faz de conta. Creio em Deus como aquele que nos convida a tear a nossa existência a quatro mãos, as mãos de Deus e as nossas mãos. Creio que Ele nos capacita a enxergar os nós da vida com suas demandas existenciais.
A aventura do viver é bela demais para não ser verdade. Creio mesmo que "Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com seu propósito". E seu grande propósito é nos tornar à imagem de seu Filho Jesus que teve por hombridade levar a vida com uma fé corajosa sem fugir da realidade do chão que pisava.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
UMA IGREJA PARA HOJE
A tradição religiosa cristã com 20 séculos teve seus tempos de apogeu, mas também de queda. Os sinais são claros quando confundimos sucesso financeiro com bênção divina; desastres e acidentes com desígnio de Deus que tem seus propósitos que ninguém pode perscrutar, ou quando idealizamos a vida para o além-túmulo como se a vida antes da mote fosse só uma peregrinação sem valor.
A Palavra é para a vida hoje na nossa realidade histórica. Ela se revela na história e a partir dela. Não é a história que é lida na palavra, não são os eventos que são confirmados na Palavra de Deus, mas é a vivência que se traduz como Palavra Viva do Deus vivo.
A Palavra que promove graça e glória é que se faz carne. E não é a leitura medieval que vai reger os processos de nossa existência hoje.
O que é cheio de graça e de verdade é o que promove e não o que promove condenação. É a partir da vida que lemos a bíblia e não da morte ou por causa dela.
O verbo que se faz carne ainda é desafio para hoje. O verbo é dinâmico, não é o livro escrito, mas a humanidade vivida de Jesus.
Enfim, a comunidade precisa atualizar o entendimento de que palavra de Deus é resposta que nasce da história envolvida com o espírito do Deus vivo.
Hoje não se responde à vida com versos pinçados da bíblia, mas versos vividos e encarnados que transformam lágrimas em cânticos, solidão em comunhão, sentimento de morte em ombro de quem se irmana na dor do outro.
Se na idade média se fazia afirmação de verdade absoluta, na idade moderna,se buscava os porquês, hoje podemos estender a mão para caminhar mais uma milha e assim captar presença divina na construção humana.
A Palavra é para a vida hoje na nossa realidade histórica. Ela se revela na história e a partir dela. Não é a história que é lida na palavra, não são os eventos que são confirmados na Palavra de Deus, mas é a vivência que se traduz como Palavra Viva do Deus vivo.
A Palavra que promove graça e glória é que se faz carne. E não é a leitura medieval que vai reger os processos de nossa existência hoje.
O que é cheio de graça e de verdade é o que promove e não o que promove condenação. É a partir da vida que lemos a bíblia e não da morte ou por causa dela.
O verbo que se faz carne ainda é desafio para hoje. O verbo é dinâmico, não é o livro escrito, mas a humanidade vivida de Jesus.
Enfim, a comunidade precisa atualizar o entendimento de que palavra de Deus é resposta que nasce da história envolvida com o espírito do Deus vivo.
Hoje não se responde à vida com versos pinçados da bíblia, mas versos vividos e encarnados que transformam lágrimas em cânticos, solidão em comunhão, sentimento de morte em ombro de quem se irmana na dor do outro.
Se na idade média se fazia afirmação de verdade absoluta, na idade moderna,se buscava os porquês, hoje podemos estender a mão para caminhar mais uma milha e assim captar presença divina na construção humana.
AMOR DE DEUS, UMA PROPOSTA
Estranho muito essa história de mandamento bíblico para
amar a Deus e ao próximo. Que Jesus queria dizer com isso ao lembrar o
mandamento de amar? Amor não é um sentimento? Como vamos mandar no que
sentimos?
Vamos por partes – a conhecida lei moral de Deus que inclui os Dez Mandamentos perfazem o caminho da vida de acordo com a justiça divina. Jesus, perguntado sobre qual seria o mais importante, recomenda Dois: Amar a Deus e Amar ao próximo. Paulo, o apóstolo convertido ao Caminho de Jesus ler esse texto como sendo Uma coisa só. “Aquele que ama a seu próximo cumpre toda a lei”.
Para Deus o amor não é entendido como substantivo, ou como sentimento, mas como verbo, como comportamento adquirido. Você escolhe amar. Quando você ama está aceitando o desafio de fazer fluir o amor de Deus.
Mas, o amar a Deus, não acontece sem o amar ao outro. Amar a Deus e ao próximo também exige a semente do amor dentro de você mesmo, por isso “amar ao próximo como a si mesmo!”
E não adianta alguém viver uma religiosidade de amar a Deus a partir da barganha. O Deus bíblico não parece um ser ególatra que gera filhos inseguros e egoístas, mas com seu amor gera capacidade de espalhar amor que se concretiza no outro, pois é no exercício do amar ao próximo, do se interessar pelo outro que Ele percebe o amor que lhe dedicamos.
“Todas as vezes que vocês fizeram isso (não negamos agua ao sedento, nem comida ao faminto, vestimos o nu, visitamos o preso), disse Jesus, foi a mim fizeram”. Portanto, a proposta de amar a Deus se realiza não no amor para cima, mas para o meio em que vivemos, fora onde podemos exercer esse amor não egoísta.
domingo, 29 de janeiro de 2017
CREIO EM DEUS PAI
Algumas pessoas tem dificuldade de crer em Deus, mas tenho visto que a maioria dessas pessoas tem dificuldade de crer no mesmo deus que não creio.
Deus não está num balcão celestial pronto para atender seus pedidos e não desce em algumas igrejas nos horários de oração por causas impossíveis.
Não creio no deus distante que tem sua moradia no céu. Deus está tão perto quanto a nossa respiração. O céu deve ser visto como uma referência não geográfica, mas no sentido de transcendência.
Não creio no deus cheio de melindres, cheio de não me toques. O deus do contra tudo o que diz respeito ao ser humano, a não ser que tenha um aspecto piedoso, de igreja, de santidade no sentido espiritual. Esse deus contabiliza sua vida de forma que, se você abrir brecha, vai dá direito a Satanás que deverá entrar em ação contra você.
Não sou um antínomo. Claro que precisamos de regras para viver em comunidade. Aquilo que nos prejudica deve ser rejeitado, mas Deus Pai conhece nossa estrutura e sabe que estamos em formação.
Não creio na figura de um deus inseguro e egolátrico que precisa de nossa adoração contínua para nos atender e nos amar mais. Parece até que esse deus quer se autoafirmar. Nós, adoradores, parecemos mais idólatras, e nossa adoração parece mais adulação.
Prefiro entender adoração como proposta de gratidão, ou melhor, prefiro propor uma mudança do nível da adoração ritualística para o nível da imitação de seu amor. Com isso a adoração seria verdadeiramente vivida em nossa história.
Também não creio em Deus como manipulador de títeres humanos. Se Deus é manipulador celestial que controla todas as coisas lá de cima por cordões invisíveis, ele é responsável direto pelos males e atrocidades de nossa história.
Devemos nos enxergar como humanos capazes de vivermos uma vida bonita apesar do mal que nos rodeia, porque nosso Pai nos inspira através do comportamento de Jesus a nos manter belos apesar da feiura do mal.
Josué Gomes
Deus não está num balcão celestial pronto para atender seus pedidos e não desce em algumas igrejas nos horários de oração por causas impossíveis.
Não creio no deus distante que tem sua moradia no céu. Deus está tão perto quanto a nossa respiração. O céu deve ser visto como uma referência não geográfica, mas no sentido de transcendência.
Não creio no deus cheio de melindres, cheio de não me toques. O deus do contra tudo o que diz respeito ao ser humano, a não ser que tenha um aspecto piedoso, de igreja, de santidade no sentido espiritual. Esse deus contabiliza sua vida de forma que, se você abrir brecha, vai dá direito a Satanás que deverá entrar em ação contra você.
Não sou um antínomo. Claro que precisamos de regras para viver em comunidade. Aquilo que nos prejudica deve ser rejeitado, mas Deus Pai conhece nossa estrutura e sabe que estamos em formação.
Não creio na figura de um deus inseguro e egolátrico que precisa de nossa adoração contínua para nos atender e nos amar mais. Parece até que esse deus quer se autoafirmar. Nós, adoradores, parecemos mais idólatras, e nossa adoração parece mais adulação.
Prefiro entender adoração como proposta de gratidão, ou melhor, prefiro propor uma mudança do nível da adoração ritualística para o nível da imitação de seu amor. Com isso a adoração seria verdadeiramente vivida em nossa história.
Também não creio em Deus como manipulador de títeres humanos. Se Deus é manipulador celestial que controla todas as coisas lá de cima por cordões invisíveis, ele é responsável direto pelos males e atrocidades de nossa história.
Devemos nos enxergar como humanos capazes de vivermos uma vida bonita apesar do mal que nos rodeia, porque nosso Pai nos inspira através do comportamento de Jesus a nos manter belos apesar da feiura do mal.
Josué Gomes
sábado, 28 de janeiro de 2017
ATUALIZANDO A CORRESPONDÊNCIA
O tempo
passa e nós mudamos com ele. Nossos raciocínios também. Nosso conhecimento muda
com as percepções nos obrigam à atualização, enquanto nossa fé se firma em um
caminho para a vida e não para a deterioração do ser humano. Isso tem a ver com
a nossa existência e sobrevivência. A vida muda. Nossos conceitos também. E não devemos temer
questionar a nossa fé. Parece
redundância, mas vou dizer: Uma fé que não suporta questionamentos não é fé
suportável.
Deus não
mudou de lugar, nós é que nos distanciamos dele quando decidimos fazer concreto
o conceito que tínhamos dele.
A fé que
tinha em um Deus que tudo controla e que nada acontece sem seu consentimento
(vontade permissiva - horrível), me abriu espaço para descrer, mas quando tive
a percepção da vida real, anulei esse conceito de Deus e o conheci melhor que
antes. Ainda não é tudo, mas é por enquanto.
Não dá mais
para crer no conceito de um Deus zangado mais disposto a ver minhas falhas para
me punir do que para celebrar a vida de seus filhos. E, se você me apontar
textos bíblicos que digam isso, te mostro um coração curado pelo amor de Deus
pai que sabe de nossas fragilidades.
E quando você
vê doenças incuráveis, casamentos desfeitos, crianças com anomalia, não diga
absurdos em nome da fé. “Deus sabe o que
faz”, “Deus tem propósito nisso...”. Essa conta não fecha. A vida é assim!
Infelizmente
a igreja está mais para um desserviço pelo apelo mercadológico e menos existencial.
Há muitas questões atuais sem as respostas devidas. Precisamos olhar a história
e atualizar nossas respostas para corresponder a esses questionamentos do tipo,
cura para o preconceito, a cara de pau da política corrupta, a misoginia
(aversão a tudo o que envolve a mulher), xenofobia (aversão ao que é diferente,
estranho, estrangeiro), o descaso para com o mais carente, etc.
Se não
atualizarmos nossa fé como resposta para hoje, estaremos fadados à morte do
sentido de sermos igreja.
Josué Gomes
Facebook.com/betesdamaceio
domingo, 1 de janeiro de 2017
CAPITULAR – UM CONVITE PARA SEGUIR ADIANTE
Desde o
primeiro livro da bíblia, somos motivados a capitular o passado. Nos ditos que
nos foram passados, Adão e Eva comeram do fruto que lhes motivaram a capitular
a vida inocência do jardim e se puseram a viver um novo ciclo de vida arcando
com as consequências próprias da vida comum aos seres humanos. Foi para eles um
choque se verem nus, uma descoberta da vergonha que antes não sentiam. Outra
história bíblica nos lembra que precisamos capitular o que aprendeu sobre Deus
e a vida, como o caso de Abraão que se sente chamado para uma aventura que lhe
fez sair de sua terra para viver uma fé em meio à dúvida de onde seria a
próxima parada, ou o lugar para onde iria, mas crendo seguiu, capitulou seu
passado e reestruturou uma fé que cabe a dúvida. Daí a aventura estava sempre
diante de suas escolhas.
Capitular é
virar página eventual, é seguir adiante sem se submeter servilmente ao
passado. Nos diversos eventos passados tivemos nossas tristezas e alegrias,
felicidades e frustrações, ilusões e desilusões; fizemo-nos odiados e amados,
etc., mas, a vida continua. É uma aventura que exige foco para caminhar, força
para aguentar o trampo, e uma fé de enfrentamento que garante crescimento e
vida.
Quando o
dia começa, você é convidado a capitular a noite, que já capitulou o dia
anterior. É assim em relação aos meses e a cada ano que se inicia. Capitula-se
o ano velho, zeramos a conta e começamos escrever o novo ano, o novo ciclo, com
uma nova história. Isso não significa esquecimento do passado, mas a
oportunidade de seguir adiante. O tempo não para, nós também não paramos, a não
ser que não capitulemos o que nos afetou e tenta nos prender a caminhada.
Capitule o
ciclo passado, reestruture sua vida para escrevendo uma nova história.
Lembre-se que você não é mais o mesmo, aliás, todos mudamos, ou melhor,
capitulamos o passo anterior, a esquina que passou, os atos bons ou maus que
praticamos. E assim, vamos em frente com coragem, liberdade e fé! Dons divinos
para os seres humanos – nós!
Josué Gomes
betesdamaceio@gmail.com
ENTÃO É NATAL!
As luzes do Natal chamam atenção
de todos. Os presépios, os anjos, as celebrações natalinas, lúdicos natalinos
capazes de mudar o tempo do normal, da crise, das distâncias familiares, etc.
É tempo de encontros e
reencontros, das festinhas de encerramentos da turma da escola, alunos e
professores; e festinhas de turma do trabalho com amigos-secretos. Emocionante,
né!
Nosso tempo normal é de trabalho
para quem o tem, tempo de escola para quem está matriculado, tempo de cada um
na sua casa para quem tem teto. Esse é o nosso tempo normal.
O que chama a atenção é quando as
luzes do Natal ofuscam a visão da realidade do outro lado da moeda, a realidade
daquelas pessoas que não são visitadas, percebidas ou abraçadas a partir da luz
do Natal.
Lembremo-nos que os primeiros a
serem felicitados com um “Feliz Natal”, não foram os arrumadinhos das melhores
casas, dos palácios abastecidos pelo poder, mas os mais esquecidos, os que
estavam longe de casa, fora do calor de suas casas; os primeiros a serem
visitados pelas luzes do Natal foram os mais sofridos.
Sem querer estragar seu Natal, que
deve ser bem aproveitado, será que não dá para levar a sério que o Natal é
tempo de esperança para quem precisa e não para quem tem de sobra? Nada contra
quem tem, já que o fato de ter já implica desafio do repartir. Repartir o que
se tem, repartir a esperança de um tempo menos sofrido, tempo mais produtivo,
tempo cheio de vida. Repartir uma semente de luz, vida e amor!
Sim, o Natal é tempo de reflexão
que diz respeito a mim e ao outro, a nós todos para que nos vejamos como filhos
e filhas de um Deus-Pai-Mãe-Amor, e que essa reflexão tenha fruto do abraço, do
carinho, do afeto de quem se deu em amor para que o mundo tivesse um caminho de
vida a seguir adiante!
Então é Natal!
Josué
Gomes
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